"Assim como em outras áreas, há alguns lá no topo que estão excepcionalmente bem, mas há uma imensa fila de pessoas que não ganha absolutamente nada", disse à BBC o analista Ian Maude, da empresa Enders Analysis.
A história de PewDiePie
O sueco por trás de PewDiePie, Felix Kjellberg tem seu canal no YouTube há cinco anos.
Segundo o site socialbade.com, que mede audiência de redes sociais, ele é o youtuber com mais assinantes e visualizações do mundo: 37 milhões e mais de 9 bilhões, respectivamente.
Mas seu sucesso não chegou do nada, segundo explicou o sueco em um vídeo que ele postou na terça-feira, em resposta à repercussão gerada após uma matéria no jornal sueco Expressen, que disse que ele ganhou, no YouTube, mais de US$ 7 milhões em 2014.
Kjellberg diz no vídeo que no começo não tinha dinheiro para comprar um bom computador para poder gravar e editar os vídeos.
Ele conta que era um estudante vivendo de empréstimo estudantil no banco quando conseguiu vender alguns trabalhos de arte online e finalmente conseguiu comprar o computador que queria.
Para poder se dedicar ao seu hobby de jogar games, ele deixou a faculdade e começou a vender cachorro quente para poder se sustentar.
O sueco afirma que não imaginava que chegaria a ser milionário fazendo o que mais gostava.
"Eu sabia fazer vídeos, mas não fazia ideia que se podia ganhar dinheiro com isso. Não foi como se eu tivesse deixado a faculdade para investir nessa carreira", disse em seu vídeo, que em dois dias já tem mais de 3,8 milhões de visualizações.
Em dois dias, vídeo do sueco sobre sua renda no YouTube já teve mais de 3,8 milhões de vizualizações
Segundo Maude, o segredo do sueco é que ele tem muito apelo entre jovens e adolescentes e ele interage com eles. "É estranho imaginar que alguém ganhe tanto dinheiro com o YouTube, mas ele tem o equivalente a metade da população da Grã-Bretanha o assistindo."
Quem ganha quanto?
É difícil dar números concretos sobre o quanto de dinheiro os vloggers estão ganhando, já que eles firmam com o YouTube um acordo de confidencialidade e não podem revelar valores abertamente.
A maior parte do que ganham vem de anúncios vinculados aos seus vídeos, que aparecem sobre o vídeo ou antes de ele começar.
O YouTube fica então com uma porcentagem desses valores. Mas a renda com publicidade varia enormemente de um canal para outro, dependendo do tipo de publicidade que atraem.
Os vloggers não têm renda regular, já que o número de visualizações pode variar bastante de um mês para outro, dependendo da popularidade dos vídeos.
Além disso, os vloggers não cobram por cada visualização. Por um lado, nem todos os vídeos que publicam têm publicidade – isso é controlado pelo YouTube. E, por outro, só há monetização quando o usuário interage com o vídeo, clicando sobre ele ou o assistindo inteiro.
Por isso, muitos vloggers frequentemente usam táticas alternativas para gerar uma renda adicional com seus posts, seja com conteúdo patrocinado ou com o merchandising de produtos. Um exemplo é usar um batom de uma determinada marca em um tutorial de maquiagem.
Os canais do YouTube que estão gerando renda têm acesso a uma série de ferramentas analíticas para monitorar tanto a publicidade como a renda.
Para encontrar mais informações em inglês sobre como gerar verba no YouTube visite o YouTube Creator Academy, feito para os criadores de conteúdo.